Livro: "Cai o Pano" de Agatha Christie

Título: Cai o Pano - um caso de Hercule Poirot
Título Original: Curtain
Autora: Agatha Christie
Tradutor: Clarice Lispector


Editora: Nova Fronteira
Ano de publicação: 2009
ISBN: 978.85.209.2362-7
Gênero: Investigação, Crime

Informações adicionais:
Número de páginas: 224
Tipo de diagramação: simples, letras com serifas, títulos de capítulos em negrito
Cor das páginas: brancas
Fonte: agradável para a leitura e tamanho satisfatório

Nota:


Dando sequência ao Box Volume 1 da Agatha Christie lançado pela Editora Nova Fronteira em 2009, e que eu adquiri em um daqueles catálogos de cosméticos (A-MO comprar livros por lá), chegou à vez do segundo livro "Cai o Pano".

Este é mais um caso do detetive Hercule Poirot e, na verdade, é o último. Sei que o livro seguinte também é dele, mas como li na ordem em que veio, não me “liguei” que esse deveria ser o último para ser lido... Então, bem, como um caso não tem influência direta com o outro, vamos em frente assim mesmo.

É publico, caros amigos, que Agatha Christie fez este último caso para seu detetive e o deixou guardado em um cofre de banco para que sua filha tivesse alguma renda com sua publicação após a morte de sua mãe. A moça seguiu a regra certinha, e o livro realmente só foi lançado após Agatha falecer.

Mas Agatha tinha também um amor muito grande por seus personagens (estranho falar isso de uma mulher que os "matava", não? Mas, enfim, isso é verdade incontestável), e ela não queria vê-lo sendo utilizado por outros autores após sua morte.

Então, caros amigos, da mesma forma que ela fez com Miss Marple (e eu e ainda não tenha lido este determinado livro, mas realmente é informação mais que pública), ao final deste livro o detetive morre. Mas como e porque já não é algo tão comentado. Então, é por isso que você terá que ler de qualquer forma!


Resenha:

Neste livro Hercule tem ajuda de seu fiel escudeiro, o seu doutor Watson, que se chama Arthur Hastings. Uma alma simplória, viúvo, pai dedicado e (como manda o figurino) um pouco devagar para entender a trama.

Como Watson, Hastings é aquela pessoa que faz a ponte entre você e o grande mestre. Ele faz você se sentir mais inteligente que ele, ao mesmo passo em que você sabe que é menos perspicaz que Poirot.

Na trama, Poirot voltou a um local onde um antigo caso foi solucionado. Ele chama Hastings dizendo que o local agora é um hotel e pede sua visita.

Ao chegar lá, Arthur Hastings descobre que o amigo está com a saúde aos cacos e o motivo para ter pedido que ele vá até ali é que um assassinato ocorrerá ali e ele, atualmente em uma cadeira de rodas e dependendo da ajuda de um enfermeiro para andar, precisa que o amigo seja seus olhos e ouvidos.

Ele diz que sabe quem é o assassino, mas que não poderá contar ao amigo porque ele não sabe disfarçar. Logo, o trabalho de Hastings é desvendar quem será a próxima vítima (e garanto que são várias pessoas colocadas em situação de perigo e até mesmo mortas de fato) no decorrer da trama.

Ele lhe mostra outros casos que foram noticiados na imprensa, onde esta pessoa esteve de alguma forma envolvida, mas nunca chegou a ser suspeita de nada. Nestes casos, a policia nunca teve dúvidas dos autores dos crimes e em alguns a própria pessoa confessou que foi ela, mas porque o detetive atribui eles a esta pessoa misteriosa então?

No decorrer da estória vamos entendendo. Essa pessoa é realmente bem perspicaz, o tipo de arqui vilão perfeito ao protagonista, o Moriarty de Poirot.

Digamos que eu suspeitei de muitas pessoas enquanto lia, confesso que de algumas eu até me arrependi depois, me senti culpada por achar que determinada pessoa era o tal "X" (denominação que Poirot usa para o culpado), mas a graça nestes livros da Agatha é justamente essa. Você tem que tentar montar o quebra cabeças junto com os personagens e, quem sabe, não chegará ao resultado sozinho, hein?

Confesso que gostei um pouquinho menos deste do que do anterior, mas ainda assim é um bom livro. Um daqueles que você fica doido para chegar ao final, mas já começa agoniado por saber que é o fim do protagonista.


Capa, contra capa e diagramação:

capa, lombada e contra capa

As especificações técnicas deste são exatamente as mesmas do outro livro do Box (escritas em minúcias neste post aqui). Com a diferença de que ele não possui nenhuma arte e também é o único do Box a não possuir um sumário.
ausência de sumário.

A única diferença é que, ao final do livro, há alguns outros títulos da coleção (12, para ser mais exata) com capas em preto e branco e sinopses. Eu, particularmente, amaria ter feito esta coleção completa nestas capas, pois elas são lindas, então se alguma boa alma quiser me presentear eu aceito! :D
alguns dos títulos na lista final

Então, para finalizar, o último livro do Box que lerei é “O Natal de Poirot” e juro solenemente que tentarei terminá-lo e resenhá-lo o quanto antes, ok? ;D

Box completo: Volume 1: Assassinato no Expresso Oriente, Cai o Pano e O Natal de Poirot





Comentários

  1. Você disse que a Agatha tinha um amor pelos seus personagens e tal, e que não gostaria de vê-los nas mãos de outros escritores... O que é engraçado, porque outro dia mesmo vi um livro do Poirot escrito por outra pessoa!

    Eu mesma, se fosse uma escritora famosa e tal, acho que não ia me incomodar muito não... O que é canon é mesmo o que escrevi, o resto é fanfic. Eu escrevo fanfic. Eu simplesmente não posso reclamar então!!!

    EU NÃO SABIA QUE ELE MORRIA CARA OLHA OS SPOILERS eu não sabia de nada disso socorro kkkkkk

    A história parece realmente bem legal, eu gostei da ideia do detetive já saber quem é o culpado e nós junto com o "cara comum" termos que descobrir também. E coitadinho do Poirot :(

    Como você disse o Poirot morre no final desse, estou criando a teoria que a próxima vítima do assassino é o próprio detetive. Procurarei o livro pra ler assim que possível para testar essa ideia!

    Eu acho que o objetivo da Agatha Christie nunca é que você participe do caso, mas que só leia o relato dele e se surpreenda mesmo. Ela raramente dá pistas o suficiente para você descobrir sozinho, as vezes o culpado nem apareceu, e você está sempre MUITO atrás do detetive em qualquer coisa. Ele vê coisas que simplesmente não são relatadas na história.

    Eu demorei um pouquinho pra vir mas aqui estou eu!

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    1. Eu vi esse livro, é uma capinha de uma mão segurando um veneno e ele saiu num box novo com capa dura. O nome e a autora me fugiam, mas ele só foi escrito porque os descendentes dela "encomendaram" a estória e essa moça justamente já tinha entregue algo parecido na editora e "adaptou". Ou seja, acho que foi algo específico por conta dos 125 anos de carreira da Agatha... Juro que vou caçar mais detalhes e podemos teorizar mas, eheheheh. Mas a Agatha disse publicamente que não queria seus personagens nas mãos de outros... :(

      E deste livro é realmente bem informação pública que o pobre morre, o detalhe está em como e o porquê. Acho que você vai gostar dos detalhes, o que leva a morte dele chega praticamente a ser uma trama a parte de tão complexo que é. Eu curti. :D

      Bem, de todos os livros que eu li dela (o que confesso que são poucos) eu consegui pegar umas boas pistas e o culpado sempre estava na minha listinha de suspeitos ao final. Pode ser que seja porque eu já li muitos do Arthur, não sei, mas é que as pistas dela são bem sutis. Tem até um cálculo que desenvolveram com base nas palavras que ela usa para os personagens que te permite descobrir quem é o culpa, ehehhehe. (Não que eu tenha feito, mas uma dia quero tentar e ver se dá certo, ehehhehe).

      E, poxa, leia sim. Nós sabemos que o Sherlock morre em um conto, mas nem por isso deixamos de lê-lo, pense nos personagens da Agatha da mesma forma.

      E quanto as fics, infelizmente tem autores que tem essa ideia ruim e não gostam (a autora de Entrevista com o Vampiro mesmo é totalmente contra e em sites sérios de fic você tem ela lá determinada entre os autores no qual você não pode escrever nada baseado), enquanto há outros que gostam e até apoiam (Lisa, por exemplo, por isso ela tem meu total amor! Ela até lê as fics, poxinha, tem coisa mais diva que isso?) :D Mesmo que eu tenha desistido de escrever fics, eu gosto muito delas e leio, não imagino um mundo sem elas, poxa.

      Vou tentar ver se no terceiro que estou lendo se chego ao culpado mais acertadamente, com menas opções (neste aqui eu cheguei ao final suspeitando de 3) e prometo que no seguinte vou testar a tal formula e ver no que dá, ehhehe. :D

      Beijinhos Lu!

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