Autora: Glau Kemp
Número de páginas: 2
Disponível online para leitura gratuita* temporária em:
Nota:
Resenha:
Este é mais um conto bem curtinho da Glau Kemp, com apenas duas páginas, mas com uma lição imensa.
Atualmente, ele está disponível para leitura gratuita na plataforma de leitura Wattpad. Onde você pode se inscrever de forma gratuita e acompanhar contos e livros de autores iniciantes.
"Luz: um conto sobre escuridão" é narrado em primeira pessoa, por uma pessoa que mora em um mundo de escuridão. Mas, ele não sabe disso, pois ele não conhece outra forma de viver, até então.
O conto lembra levemente "A Caverna" de Platão e "A Máquina do Tempo" de H. G. Wells, pois debate esse tema de como as pessoas vivendo nesta condição não tem consciência de que há outra forma de viver, de que existe luz e escuridão.
Na obra de Glau, este narrador costuma procurar as "novas pessoas" para interrogá-las sobre suas lembranças, mas não pense que ele realmente é curioso, ele só quer encontrar a mesma resposta igual e programada que sempre recebe e receber outra resposta, que não aquela padrão, o contraria. É como se ele não estivesse mesmo de fato pronto para encontrar uma outra resposta desde o início, mas nunca tomou ciência disso.
Mas ele não viverá para sempre na escuridão, Luz, a esperança, está a caminho. Mas será que ele e está sociedade estão prontos para conhecer a clareza e o conhecimento?
O conto é lúdico, simbólico e muito potente, pois causa uma reflexão interna a que o lê e lhe faz lembrar o que suas professoras de Filosofia, Sociologia e Psicologia tanto debatiam a respeito da humanidade e das formas de encarar a vida, de uma forma bem leve e compacta.Este é um conto bem curtinho da Glau Kemp, curtinho mesmo, ele só possui duas páginas, mas é bem bacana.
* quem determina por quanto tempo a obra ficará disponível gratuitamente para a leitura são os autores. Caso os links não estejam mais ativos, pedimos desculpas, mas sugerimos que busquem pelo título e autor no Google para ter certeza de que o autor não migrou a obra para outro local, ouse ela passou a ser paga.
Esse conto é único para mim. Nele não existe meio-termo a pessoa gosta ou não. E cada pessoa que lê me dá um retorno diferente. É isso que adoro nele, todos que leem fazem sua interpretação e todas diferem entre entre si. É realmente muito lúdico e quem leu outros trabalhos de minha autoria vai sentir a diferença.
ResponderExcluirEsse conto é sensacional, é exatamente aquele tipo de conto que remete aos autores de ficção ou de tratados filosóficos que eu gosto, como não amar? (Aliás, agora fiquei curiosa,como realmente há quem não goste? Mas é o que eu digo na parte de avaliação: cada um tem uma visão e ninguém é dono da verdade, só damos as nossas impressões. Acho que quando a Dai estiver livre para fazer algumas resenhas e acabarmos fazendo dos mesmos livros vai ter notas que não vão ser as mesmas, porque as pessoas realmente são todas diferentes. Mas...puxa, ainda me pergunto como não gostaram deste? Quem? Oo)
ExcluirGostei muito da forma que ele aborda e dos significas obscuros dele, contos lúdicos são muito bacanas, eu gosto disso, gosto de ter que parar um pouco e colocar a cabeça para funcionar. Contos lúdicos tem essa missão gostosa de nos tirar da zona de conforto e nos fazer pensar, o que é o máximo. :D
Obs: acho que vou pedir pra Dai ler esse (ela gosta mais de romances e eu sou a louca das ficções, que ver o que ela vai achar, estou curiosa agora, eheheh. :D
Como autora o incrível desse conto, é que mesmo quem não "amou", tem uma interpretação e quer conversar sobre ele. Eu escrevi essa história de uma vez só e de trás para frente. No último parágrafo tem uma palavra que é a chave para tudo. Só que quando o leitor chega nessa parte ele já elaborou sua interpretação e 90% passa batido por essa palavrinha. Grande sorte a minha, pois isso me possibilitou conversas maravilhosas sobre ele. Uma das melhores interpretações que eu recebi e que me rendeu um bate-papo delicioso foi a seguinte: A história se trata de uma reinterpretação do nascimento de Jesus Cristo. (Risos) Nossa! Muito boa essa. Não é disso que eu falo no conto, mas essa é a beleza do lúdico, porque bem que daria pra encaixar esse teoria no conto, pensando direitinho até faz algum sentido.
ResponderExcluirJura? Nossa é uma outra interpretação interessante também, bem diferente da que eu tive, mas é até adaptável, hein?
ExcluirAcho ótimo essas tramas que podem ter mil interpretações diferentes e ninguém nunca consegue entrar em um consenso de qual era a intenção inicial do autor, eheheheh. :D