Livro: "Laços Eternos" por Zibia Gasparetto, pelo espírito Lucius

Título: Laços Eternos

Autora: Zibia Gasparetto, pelo espírito Lucius

ISBN: 978.85.7722.462-3

Ano: 2016 (2ª edição)

Editora: Vida e Consciência

Gênero: Romance Mediúnico, Espírita, Romance


Informações adicionais:
Número de páginas: 368
Tipo de diagramação: abres de capítulos simples, a diagramação do texto é em fonte serifada e de tamanho agradável para a leitura.
Cor das páginas: brancas
Fonte: serifada, agradável para a leitura e tamanho satisfatório
Capa: brochura brilhante, com orelhas laterais, fotografias nas páginas iniciais.


Sinopse: 
Laços eternos, um dos grandes sucessos de Zibia Gasparetto, ganha edição comemorativa de 40 anos!

Com mais de 900 mil exemplares vendidos, Laços eternos traz uma emocionante história de amadurecimento e perdão, por meio da qual você aprenderá que a vida usa a reencarnação para nos aproximar de pessoas e abrir nossas mentes para as verdades do espírito.

E que, à medida que nossas almas amadurecem, conseguimos perceber que somente o amor permanece pela eternidade como laço indestrutível.

Nota:


Curiosidade:

Seguindo a minha saga de resenhar os livros da autora que já li faz algum tempo, mas nunca resenhei (que feio hein!). Chego a este livro, "Laços Eternos", que foi relançado por aqui ano passado nesta "Edição comemorativa de 40 anos" (a capa logo lá em cima) e que também já foi uma peça de teatro que permaneceu por muito tempo em cartaz.

Por ser um dos livros mais antigos da autora (afinal, 40 anos, né gente?), ele já foi traduzido em diversos idiomas e foi relançado com muitas capas variantes ao longo de toda a sua história. Confira aqui algumas das capas deste livro que encontrei pela internet em outras versões e idiomas (obs: estou apaixonada por essa capa japonesa!)


primeira capa
edição especial com script de teatro
capa japonesa lançada em 2009

capa em português de Portugal lançado em 2016

em espanhol

Sobre essa versão mais recente, faz um tempinho que a Zibia Gasparetto está relançando suas obras com novas capas e nova diagramação. Saem aquelas letras miúdas (que são um terror para quem usa óculos) e entram fontes levemente maiores, com espaçamento maior entre as linhas e recuos nas extremidades para descansar a vista.

Quem faz diagramação ou tem uma leve noção disso por estudar na faculdade (eu me encaixo nesse segundo grupo) há de concordar que se você pegar a versão antiga e a nova dará muito mais vontade de ler a nova, pois é bem mais agradável à vista.

Outra coisa que vale pontuar são as mudanças nas capas. As capas antigas, que em sua maioria eram desenhos a mão, flores ou fotos de pessoas em montagens (até meio estranhas), foram substituídas por fotos de modelos em estudios ou cenários pré montados e seguem a mesma linha das outras capas da editora.

Alguns livros receberam também alteração de palavras mais cultas para uma linguagem mais atual (não todos, apenas os que estão escrito "Nova Edição" e este é um caso).


Diagramação:

As páginas internas são brancas, mas como eu já pontuei, as fotos são em tamanhos maiores e possuem serifas, então acaba sendo agradáveis para a leitura.

A capa possuí papel brilhante e orelhas laterais, para quem realmente tem coragem de usar as orelhas dentro dos livros como marcação elas são bem uteis por serem bem grandes.

As primeiras páginas são coloridas, com mais uma foto da atriz que está na capa (que eu, particularmente, acho mais bonita do que a usada na capa) e da autora próxima a um quadro de Lucius (seu guia espiritual e que a ditou esta e outras obras), também há algumas imagens de jornal sobre o lançamento do livro/peça em uma colagem super bacana.

Diga-se de passagem, mesmo para quem tem já as versões antigas, esse livro foi feito com tal cuidado que pode-se dar de presente para um amigo/o, mãe/pai, avó/avó e afins tranquilamente.


Resenha:

A trama é bem complexa e cheia de detalhes que vão tomando rumos cada vez maiores na medida que a leitura avança. Mas já começa tratando de um assunto que infelizmente volta a ganhar manchetes atualmente, que é "o homem que vive e trabalha no campo". Onde patrões fazem de seus empregados praticamente escravos, dando um jeito de que eles devam mais do que ganham e paguem cada vez menos para a subsistência dele e de suas famílias, um ciclo vicioso difícil de se quebrar. Ainda mais agora que o Congresso está decido a votar leis que permitam aos donos da terra pagar com "moradia e comida" e diminuir as "folgas" para cada 15 dias, com uma jornada de trabalho que começa antes do sol nascer e depois dele se por...

Nina e sua família vivem na fazenda em que seus pais trabalham. Em troca de comida e moradia (gente o texto é da década de 70 e nós estamos regredindo pra isso, que assustador!), eles trabalham sem descanso nas terras do patrão. O pouco que eles ganham em dinheiro vai totalmente para a "venda do patrão", onde comprar alguma comida para eles, já que não tem condições e nem permissão para plantar o que comer.

Por inúmeras vezes a menina deixa de comer para que seus irmãos mais novos possam "comer um pouquinho mais", sempre alegando estar sem fome, embora estivesse com muita. Porém, tanta privação não demora a adoecer o corpinho fraco dela e logo nos primeiros capítulos ela vem a falecer, deixando uma tristeza muito grande para seus parentes que aqui ficam. Como era a mais velha, seus irmãos acabavam sendo até mais apegados a ela do que a própria mãe, já que a mãe estava sempre ocupada demais para conseguir cuidar das crianças.

É bem triste ver o como a garotinha "acorda" para a vida eterna e descobre que não mais poderá voltar a seus parentes. Ela chega a implorar aos espíritos que vem ao seu resgate para voltar a viver, pois não sabe o que será de sua família sem sua ajuda. Eles a explicam que ela infelizmente não poderá voltar, mas como é abnegada será permitido que conheça o que houve nas vidas anteriores para que se unissem nesta vida. A capa,aliás, remete a essa outra vida e ela é totalmente diferente e oposta a vida em que ela vivia agora.

Na vida anterior Nina se chamava Geneviève e vivia na França. Sua mãe na vida atual, dona Maria, foi sua mãe também na vida passada e era uma Condessa, que não se importava muito com a filha, apenas com sua própria beleza e que vivia para ser "desejada", traindo o marido por inúmeras vezes. Aliás, seu pai era o mesmo também, mas ele era um conde que infelizmente se deixou levar por uma armação da esposa e teve que reencarnar para quitar dividas antigas.

Na vida anterior, a Condessa se engraçou com um nobre, que nesta vida vem a ser um de seus filhos, e a esposa dele, que nessa vida vem como uma das filhas dela, soube e tentou feri-la. Infelizmente, o marido tomou as dores da amante e não tardou para que ela falecesse de tanto sofrimento. Nessa nova vida é possível ver o como elas não são muito próximas, embora a menina pareça não lhe guardar mágoa também, aparentemente não tentará "quitar" todos os seus pecados de uma vez.

Ma nas costas do amante, que atualmente é seu filho Roque, o peso é maior ainda. Ele era um nobre, escolheu viver em pecado, desonrando a família. Após o falecimento da primeira esposa, ele acaba casando novamente, justamente com a filha de sua ex amante, mas a coisa se desenrola de um jeito bem tenso.

Embora o livro fale bastante sobre ciúmes, traição e vingança, a grande mensagem que ele quer demonstrar com tudo isso é o como cada uma dessas coisas acabam sendo nocivas demais para todos que as sentem. É apenas após os erros que cada um coloca as mãos na consciência e percebe que poderiam ter feito tudo de forma tão diferente e que nada justificava tamanha falta.

Roque e Maria, que na vida passada foram amantes, acabam tendo que conviver nesta vida por muito tempo. Mas enquanto ele se mostrou arrependido de seus atos ainda na vida passada e tentou buscar os caminhos da retenção, ela foi egoísta, colocando sua própria beleza e desejos por cima de tudo e de todos, e nesta nova chance vai perder cada um de seus atributos aos poucos e de forma "humilhante", resgatando um pouco de cada maldade que ela cometeu na vida anterior.


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